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O LEAC no Jornal da UESC
A UESC recebeu a visita da equipe do programa Globo Repórter, que veio à região durante a elaboração de um programa especial sobre a Mata Atlântica. A equipe da Rede Globo mostrou a pes quisa vinculada ao Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação (LEAC), o principal grupo de pesquisa na instituição que investiga os padrões de biodiversidade na região sul da Bahia.
Plano Nacional de Ação (PAN): ouriço-preto (Chaetomys subspinosus)
O Plano de Ação Nacional para a Conservação do Ouriço-preto é um exemplo de como se faz política pública de forma continuada, transparente, participativa e efetiva. Em 2006, com o apoio do MMA e por iniciativa da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/BA e do Instituto Dríades, foram consolidadas as informações sobre a biologia da espécie, assim como mapeadas as ameaças e propostas recomendações para a sua conservação, na forma de plano de ação. Em 2010, tendo esta proposta de plano como referência, o Instituto Chico Mendes, em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz, trabalhando em rede com os colaboradores, estabeleceu uma nova proposta de Plano de Ação para a Conservação do Ouriço-preto - PAN
Ouriço-preto, envolvendo distintos atores institucionais. Na ocasião, foram estabelecidos objetivo, metas e ações do Plano. Rômulo José Fernandes Barreto Mello, Presidente do Instituto Chico Mendes.
A Biodiversidade na paisagem cacaueira
No sul da Bahia, grandes extensões de terras são destinadas à produção do cacau (Theobroma cacao L.), o qual é predominantemente cultivado à sombra de árvores nativas, em sistemas agroflorestais localmente denominados cabrucas. Por ocupar grande parte do território na região cacaueira e ser um ambiente com características florestais, essas agroflorestas desempenham importante papel para a conservação da biodiversidade regional. A presente revisão tem como intuito compilar a informação existente sobre a biodiversidade na região cacaueira, visando subsidiar a construção de um plano de ação que tenha como meta conciliar a produção de cacau em áreas de cabruca e a conservação da biodiversidade no sul da Bahia. Os estudos apontam para a diversidade de respostas de diferentes espécies e grupos biológicos, as quais são
influenciadas tanto pela qualidade da cabruca em si, como também pelas características gerais da paisagem, como configuração espacial e representatividade dos diferentes tipos de ambiente. A partir das informações sintetizadas, foram identificados componentes que influenciam direta ou indiretamente o valor de conservação das cabrucas, e formuladas recomendações de manejo. É mostrado que o conhecimento científico atual já permite um bom embasamento de práticas amigáveis à conservação da biodiversidade, porém qualquer critério adotado deve levar em consideração a viabilidade econômica. Além disso, a implementação das recomendações citadas neste artigo deverá ser monitorada e seu resultado utilizado na orientação de um programa de manejo adaptativo do sistema cabruca e das paisagens cacaueiras.